Índice

Introdução

Contexto Histórico e Literário

Estrutura do Texto (Mateus 18:15-17)

Princípios Extraídos do Texto

Aplicações Práticas para os Dias Atuais

Conclusão

Oração Final

Sermão Expositivo: A Disciplina e Reconciliação na Igreja
Texto Base: Mateus 18:15-17

Introdução

A igreja é o corpo de Cristo, chamada a viver em santidade, amor e comunhão. No entanto, como comunidade de pecadores salvos pela graça, conflitos e pecados podem surgir. Em Mateus 18:15-17, Jesus nos dá um modelo claro de disciplina e reconciliação dentro da igreja, ensinando como lidar com o pecado de maneira bíblica, com amor e verdade.

Contexto Histórico e Literário

  1. Autor e Propósito: O evangelho de Mateus foi escrito pelo apóstolo Mateus com o objetivo de apresentar Jesus como o Messias e Rei prometido. O capítulo 18 trata, em grande parte, das relações entre os discípulos, focando na humildade, no cuidado com os "pequenos" (v.6-14), e na disciplina e reconciliação (v.15-20).
  2. Público-alvo: Jesus está falando aos Seus discípulos, oferecendo instruções para a vida comunitária da igreja.
  3. Contexto Imediato: A passagem vem após a parábola da ovelha perdida (v.12-14), onde Jesus destaca a importância de buscar e restaurar aqueles que se desviam. Isso prepara o cenário para a abordagem prática de lidar com o pecado.

Estrutura do Texto (Mateus 18:15-17)

Jesus apresenta um processo progressivo para lidar com o pecado na igreja:

1. Confrontação Privada (v.15)

"Se teu irmão pecar [contra ti], vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão."

  • Princípio: A primeira abordagem deve ser pessoal e privada.
  • Propósito: Restaurar o irmão, não expô-lo publicamente.
  • Aplicação:
  • Devemos confrontar com amor e humildade, buscando a reconciliação.
  • A atitude deve ser corretiva, não punitiva (Gálatas 6:1).

Exemplo Prático: Alguém ofendeu você ou está em pecado? Antes de falar com outros, vá diretamente à pessoa, com oração e mansidão.

2. Confrontação com Testemunhas (v.16)

"Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada."

  • Princípio: Se a correção privada falhar, envolva testemunhas para mediar e confirmar a situação.
  • Propósito: Proteger ambas as partes e buscar arrependimento genuíno.
  • Aplicação:
  • Os testemunhos garantem que a situação seja tratada com justiça e clareza (Deuteronômio 19:15).
  • Devemos evitar fofocas e buscar soluções pacíficas e bíblicas.

Exemplo Prático: Um líder ou irmão maduro da igreja pode acompanhar a conversa, ajudando a esclarecer e resolver a questão.

3. Confrontação Pública (v.17)

"E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano."

  • Princípio: Se o irmão persistir no pecado, a igreja como comunidade deve ser envolvida.
  • Propósito: Proteger a santidade da igreja e demonstrar a gravidade do pecado.
  • Aplicação:
  • A disciplina pública é o último recurso, quando todas as outras tentativas falharam.
  • Deve ser feita com amor, visando à restauração do pecador (2 Coríntios 2:6-8).

Exemplo Prático: A igreja pode exortar o irmão em pecado, e, caso ele persista, pode haver afastamento temporário da comunhão (1 Coríntios 5:11-13).

Princípios Extraídos do Texto

  1. A Disciplina é um Ato de Amor: Corrigir alguém não é um sinal de rejeição, mas de cuidado. Assim como um pastor busca a ovelha perdida, a igreja deve buscar restaurar o pecador.
  2. O Pecado Deve ser Tratado com Seriedade: Pecado não confrontado pode prejudicar toda a igreja (1 Coríntios 5:6).
  3. A Restauração é o Objetivo Final: O foco da disciplina é o arrependimento e a reconciliação, não a punição.

Aplicações Práticas para os Dias Atuais

  1. Como Cristãos, Devemos Buscar Reconciliação: Quando alguém pecar contra nós, devemos agir conforme Mateus 18, evitando rancor ou fofoca.
  2. A Igreja Deve Seguir o Modelo Bíblico: As lideranças devem aplicar a disciplina com mansidão e sabedoria, visando sempre restaurar os irmãos.
  3. Manter a Santidade da Igreja: A igreja é chamada a ser luz no mundo; tratar o pecado com seriedade reflete o caráter santo de Deus.

Conclusão

Mateus 18:15-17 nos ensina que a disciplina na igreja é um meio de graça, projetado para proteger o corpo de Cristo e restaurar aqueles que se desviaram. Quando aplicada com amor, mansidão e fidelidade à Palavra, ela promove reconciliação e glorifica a Deus.

Pergunta Final: Como temos lidado com conflitos e pecados em nossas relações? Estamos buscando reconciliação e vivendo em santidade?

Versículo Chave: "Se teu irmão pecar, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão." (Mateus 18:15).

Oração Final

"Senhor, ajuda-nos a viver em santidade e amor uns com os outros. Dá-nos coragem para confrontar o pecado com humildade e sabedoria, buscando sempre a reconciliação. Que possamos refletir o Teu caráter em nossas vidas. Amém."


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