Apostolos

Apostolos de Jesus

Os apóstolos de Jesus desempenharam papéis centrais na propagação do cristianismo e no estabelecimento da Igreja primitiva. A seguir, um resumo da história de cada um, incluindo seus chamados, contribuições, e escritos deixados.

1. Pedro (Simão Pedro)

• História e chamado:
  Um pescador em Cafarnaum, foi chamado por Jesus para ser "pescador de homens". Tornou-se o líder dos apóstolos e é considerado a "pedra" sobre a qual a Igreja foi edificada (Mateus 16:18). Ele negou Jesus três vezes, mas foi restaurado após a ressurreição.
• Escritos:
  Atribuem-se a ele as epístolas 1 Pedro e 2 Pedro no Novo Testamento.
• Legado:
  Reconhecido como o primeiro Papa pela Igreja Católica.

2. João

• História e chamado:
  Irmão de Tiago, filho de Zebedeu, e pescador. Era conhecido como "o discípulo amado" e tinha uma relação muito próxima com Jesus. Testemunhou eventos importantes, como a transfiguração e a crucificação.
• Escritos:
  Autor do Evangelho de João, das três cartas de João e do Apocalipse.
• Legado:
  Um dos pilares da Igreja em Éfeso, enfatizou o amor e a divindade de Jesus.

3. Tiago, filho de Zebedeu (Tiago Maior)

• História e chamado:
  Irmão de João e um dos primeiros discípulos chamados por Jesus. Fazia parte do círculo íntimo de Jesus. Foi o primeiro apóstolo martirizado.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Seu martírio fortaleceu a Igreja primitiva; é venerado em Santiago de Compostela, Espanha.

4. André

• História e chamado:
  Irmão de Pedro e pescador. Foi discípulo de João Batista antes de seguir Jesus. Conhecido por apresentar outros a Jesus.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Considerado o fundador da Igreja na Grécia e Escócia.

5. Filipe

• História e chamado:
  Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, trouxe Natanael (Bartolomeu) a Cristo.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Pregou na Ásia Menor e sofreu martírio em Hierápolis.

6. Bartolomeu (Natanael)

• História e chamado:
  Reconhecido por sua sinceridade e fé. Jesus disse dele: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo".
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Pregou na Índia e Armênia, sendo martirizado por sua fé.

7. Mateus (Levi)

• História e chamado:
  Um cobrador de impostos em Cafarnaum, chamado por Jesus para segui-lo. Ele celebrou um banquete para apresentar Jesus a outros pecadores.
• Escritos:
  Autor do Evangelho de Mateus.
• Legado:
  Pregou na Etiópia e em outras regiões da África.

8. Tomé (Dídimo)

• História e chamado:
  Famoso por duvidar da ressurreição de Jesus até tocar Suas feridas. Depois disso, tornou-se um crente fervoroso.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Pregou na Índia, onde é amplamente venerado.

9. Tiago, filho de Alfeu (Tiago Menor)

• História e chamado:
  Pouco mencionado nos Evangelhos, é tradicionalmente identificado como um dos líderes da Igreja em Jerusalém.
• Escritos:
  Possível autor da Carta de Tiago no Novo Testamento.
• Legado:
  Conhecido por sua piedade e liderança na Igreja primitiva.

10. Judas Tadeu

• História e chamado:
  Conhecido por uma pergunta a Jesus durante a Última Ceia: "Senhor, por que te revelarás a nós e não ao mundo?"
• Escritos:
  Autor da Carta de Judas no Novo Testamento.
• Legado:
  Pregou na Pérsia e Armênia, sendo martirizado.

11. Simão, o Zelote

• História e chamado:
  Um membro dos zelotes, grupo que buscava libertação de Israel do domínio romano. Seguiu Jesus e pregou com fervor.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Pregou na África e Pérsia, onde foi martirizado.

12. Judas Iscariotes

• História e chamado:
  Escolhido por Jesus como apóstolo, mas traiu-o por 30 moedas de prata. Seu ato levou à prisão de Jesus.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos a ele.
• Legado:
  Sua traição é um dos atos mais infames da história bíblica.

13. Matias

• História e chamado:
  Escolhido por sorteio para substituir Judas Iscariotes entre os Doze.
• Escritos:
  Não há escritos atribuídos diretamente a ele.
• Legado:
  Pregou na Etiópia e foi martirizado.

A escolha dos apóstolos

A escolha dos apóstolos por Jesus é um dos aspectos mais fascinantes do Seu ministério. Ele não escolheu homens influentes, ricos ou poderosos, mas pessoas comuns com diferentes personalidades, ocupações e status sociais. O que esses homens tinham em comum era a disposição de seguir Jesus, ser transformados por Ele e, eventualmente, dar suas vidas pelo Evangelho. Vamos analisar esse processo de forma mais profunda.

1. A Escolha Diversificada: Personalidades e Ocupações

Jesus escolheu homens de diferentes origens e condições:

• Pescadores (Pedro, André, Tiago e João):
  Homens trabalhadores, práticos, acostumados a enfrentar desafios diários no mar. Sua profissão exigia paciência, perseverança e trabalho em equipe, qualidades essenciais para sua futura missão.

• Um cobrador de impostos (Mateus):
  Mateus era considerado um traidor por trabalhar para os romanos, coletando impostos de seus próprios compatriotas. Ele representa a inclusão dos marginalizados e odiados pela sociedade.

• Um zelote (Simão):
  Simão pertencia a um grupo revolucionário que desejava libertar Israel do domínio romano. Ele simboliza o fervor nacionalista e a transformação do ódio político em amor e serviço ao Reino de Deus.

• Outros com identidades menos detalhadas (como Filipe, Bartolomeu, Tiago, filho de Alfeu, e Judas Tadeu):
  Representam o povo comum, sem status ou destaque, mas chamados para realizar obras extraordinárias.

Jesus não escolheu líderes religiosos ou estudiosos da época, mas homens comuns, destacando que o Reino de Deus não depende de status humano, mas da disposição para obedecer e ser moldado por Ele.

2. Transformação: De Homens Comuns a Apóstolos

• Caminho de aprendizado:
  Durante o ministério de Jesus, os apóstolos enfrentaram momentos de dúvida, medo e mal-entendidos. Pedro, por exemplo, negou Jesus, e Tomé duvidou da ressurreição. Mesmo assim, Jesus os guiou pacientemente, corrigindo e moldando seus corações.

• Capacitação pelo Espírito Santo:
  Após a ressurreição, no dia de Pentecostes, os apóstolos foram cheios do Espírito Santo (Atos 2). Esse evento transformou homens temerosos em pregadores ousados, dispostos a enfrentar a morte pela fé.

• Testemunho poderoso:
  Apesar de suas origens humildes, os apóstolos se tornaram líderes espirituais, fundadores de comunidades cristãs e autores de textos que moldaram a fé cristã por séculos.

3. Advertências de Jesus Sobre Perseguição e Morte

Jesus foi claro ao alertar os apóstolos sobre o custo de segui-lo:

• Previsão de perseguição:

"Se o mundo os odeia, saibam que primeiro odiou a mim. […] Se me perseguiram, também perseguirão vocês" (João 15:18-20).
Jesus não escondeu que seguir a verdade implicaria sofrimento.

• Chamado ao sacrifício:

"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Mateus 16:24).
Ele deixou claro que o discipulado exigiria renúncia e até mesmo a morte.

• A promessa de recompensa eterna:
  Jesus também deu esperança aos apóstolos, prometendo que o sofrimento neste mundo não se comparava à glória futura (Mateus 5:10-12).

4. Perseverança em Meio ao Sofrimento

Apesar de enfrentarem mortes cruéis e desumanas, os apóstolos não negaram sua fé:

• Certeza na ressurreição:
  A ressurreição de Jesus foi o ponto central que solidificou sua fé. Eles testemunharam o Cristo ressuscitado e sabiam que a vida eterna era real.

• Convicção no chamado:
  Eles acreditavam plenamente em sua missão de levar o Evangelho ao mundo. Essa convicção superou o medo da morte.

• Força comunitária:
  Os apóstolos se apoiavam mutuamente e nas comunidades que fundaram, criando uma rede de suporte e encorajamento.

5. Reflexão: A Escolha Deliberada de Jesus

Jesus escolheu homens imperfeitos e os transformou, mostrando que:

• O Reino de Deus é para todos:
  Não importa o status ou as falhas, mas a disposição de responder ao chamado de Deus.

• O poder de Deus se manifesta na fraqueza:
  O impacto dos apóstolos demonstra que Deus capacita os chamados, em vez de chamar os capacitados.

• A glória está na fidelidade:
  Embora tenham enfrentado mortes dolorosas, os apóstolos permaneceram fiéis, exemplificando o que significa viver para um propósito maior.

Essa história continua a inspirar cristãos hoje, lembrando que a fé e a transformação em Cristo não dependem de méritos humanos, mas da graça de Deus e da disposição para segui-lo.

Como morreram os apóstolos de Jesus?

A tradição cristã e outras fontes históricas oferecem relatos variados sobre como os apóstolos de Jesus morreram. A seguir, um resumo das histórias mais conhecidas:

1. Pedro

• Forma de morte: Crucificado de cabeça para baixo, a seu próprio pedido, pois não se considerava digno de morrer como Jesus.
• Local: Roma, durante o reinado de Nero (64-68 d.C.).

2. João

• Forma de morte: Único apóstolo que teria morrido de causas naturais. Foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o Apocalipse, e posteriormente libertado.
• Local: Éfeso (atual Turquia).

3. Tiago, filho de Zebedeu (Tiago Maior)

• Forma de morte: Decapitado por ordem de Herodes Agripa I.
• Local: Jerusalém, por volta de 44 d.C.

4. André

• Forma de morte: Crucificado em uma cruz em forma de "X", conhecida como a Cruz de Santo André.
• Local: Patras, Grécia.

5. Filipe

• Forma de morte: Crucificado ou apedrejado.
• Local: Hierápolis (atual Turquia).

6. Bartolomeu (também identificado como Natanael)

• Forma de morte: Supostamente esfolado vivo e depois decapitado.
• Local: Armênia.

7. Mateus (também chamado Levi)

• Forma de morte: Há relatos conflitantes — pode ter sido apedrejado, queimado ou decapitado.
• Local: Etiópia ou Pérsia.

8. Tomé (também chamado Dídimo)

• Forma de morte: Transpassado por uma lança.
• Local: Índia, onde pregava.

9. Tiago, filho de Alfeu (Tiago Menor)

• Forma de morte: Lançado do pináculo do Templo em Jerusalém e depois espancado até a morte.
• Local: Jerusalém.

10. Judas Tadeu

• Forma de morte: Morto com machados ou espadas.
• Local: Pérsia (atual Irã).

11. Simão, o Zelote

• Forma de morte: Cortado ao meio ou crucificado.
• Local: Pérsia ou na região do Norte da África.

12. Judas Iscariotes

• Forma de morte: Suicidou-se enforcando-se após trair Jesus.
• Local: Próximo a Jerusalém.

13. Matias (substituto de Judas Iscariotes)

• Forma de morte: Apedrejado e depois decapitado.
• Local: Jerusalém ou Etiópia.

Importância Histórica

Os relatos das mortes dos apóstolos são baseados em tradições e escritos da Igreja primitiva, e nem todos possuem evidências históricas sólidas. Ainda assim, refletem o compromisso dos apóstolos em testemunhar a mensagem de Jesus até o fim.

Jesus é o fundador da igreja e ela foi fundamentada pelos apóstolos

Jesus é o fundador da Igreja e ela foi fundamentada pelos apóstolos. Com base na perspectiva cristã e nos ensinamentos do Novo Testamento. Vamos explorar essa ideia:

Jesus como fundador da Igreja

1. A declaração em Mateus 16:18:
   Jesus diz a Pedro:

"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não prevalecerão contra ela."
Essa passagem é interpretada como a fundação espiritual da Igreja, com Jesus sendo o seu alicerce. Ele não apenas a inicia, mas é também a sua cabeça (Colossenses 1:18) e o fundamento principal (1 Coríntios 3:11).

2. Missão e propósito:
   Jesus reuniu discípulos, ensinou o Reino de Deus e preparou seus seguidores para continuar sua obra após sua morte, ressurreição e ascensão.

3. Entrega do Espírito Santo:
   O nascimento oficial da Igreja é frequentemente associado ao dia de Pentecostes (Atos 2), quando o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos, capacitando-os para liderar e expandir a Igreja.

Os apóstolos como fundamento da Igreja

1. Chamados por Jesus:
   Os apóstolos foram escolhidos por Jesus para serem seus representantes (Lucas 6:13). Após a ascensão, eles assumiram a responsabilidade de liderar a Igreja.

2. Autoridade apostólica:

• Os apóstolos receberam autoridade para pregar, ensinar e liderar (Mateus 28:19-20, João 20:21-23).
• Paulo se refere à Igreja como sendo "edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular" (Efésios 2:20).

1. Propagação e organização:
   Os apóstolos estabeleceram comunidades cristãs em várias regiões, criaram estruturas de liderança (como presbíteros e diáconos) e definiram doutrinas essenciais por meio de cartas e concílios.

Interdependência entre Jesus e os apóstolos

• Jesus é o alicerce espiritual e eterno: Ele é a pedra angular, sem a qual a Igreja não existiria.
• Os apóstolos são os agentes históricos: Eles desempenharam o papel crucial de lançar os fundamentos, tanto espiritualmente quanto estruturalmente.

Essa visão destaca a centralidade de Jesus e a importância do trabalho apostólico na origem e continuidade da Igreja.